O pai perguntou pra filha se podia vendar-lhe os olhos numa brincadeira de adivinhações.
- Essa fruta não tem cheiro, pai! - Exclamou a filha em tom sem paciência.
- cheire esta.
- Maça, claro.
- correto!
em seguida, o pai novamente pega a pera e pergunta?
- que fruta é essa?
- não sei...não tem cheiro de nada
- certo...e essa?
- abacaxi! Muito fácil
- essa eu duvido que você acerte!
- hummm...manga!
- muito bom! E que tal essa?
- Sem essa, pai! Não tem fruta na minha frente, tá?!
O pai pega a pera, corta e diz:
- e agora?
- hummm...pera?
- sim...
- viu?! o tempo todo você estava brincando comigo fingindo que estava colocando a pera para eu cheirar! - disse a menina tirando a venda dos olhos, agora mais impaciente.
- Desculpe, filha...acho que devia ter cortado a pera antes...assim você acertaria tudo e tudo ficaria mais fácill, não é mesmo?
- cortado? Você cortou a pera?
- sim...e só depois disso você me mostrou de novo?
- Isso mesmo. Você foi bem...
Num surto de consciência e remorso, a filha diz:
- pai. Fui injusta...te acusei sem razão...desculpa.
- você tem razão. Numa simples brincadeira você ficou nervosa, anulou sua sensibilidade e quase desistiu e ainda me acusou sem antes ter certeza do que eu havia feito. Te amo...e por isso mesmo te digo. Nas brincadeiras a gente aprende muito para a vida. Sim, eu te desculpo...mas cuidado, porque nem sempre a gente tem uma segunda chance, entendeu?
- pode deixar, pai...posso comer a pera?
- você gosta de peras?
- sim, gosto muito...
- Agora você já a conhece por dentro, né? Precisei cortá-la pra que você a percebesse.
- (risos)...é verdade. Te amo, pai
- Também te amo, filha.
Um comentário:
Profundo...Posso levar este texto à sala de aula? Obviamente com o seu nome na autoria...Tive uma sacada com este texto e quero usá-lo, perguntar algumas coisas...se me autorizar, antes de aplicar te mostro as perguntas...Bjokas!
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